postado em 24/08/2016 12:11
O ministro interino do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Henrique, destacou nesta quarta-feira (24/8) que as despesas públicas do país estão descontroladas e crescem sem parar. Ele lembrou que, mesmo com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para o crescimento das despesas públicas, limitado à inflação do ano anterior, a dívida continuará crescendo durante alguns anos porque os ajustes que serão feitos não terão resultados automáticos.[SAIBAMAIS]Dyogo participa de audiência pública na Comissão Especial sobre Novo Regime Fiscal, na Câmara dos Deputados. Segundo ele, desde 1997, todos os presidentes da República deixaram a despesa do governo maior do que a anterior. Dyogo defendeu que, com a PEC, sejam feitas as demais reformas, como as alterações na Previdência para o equilíbrio fiscal. Ele destacou que a discussão para resolver a trajetória da dívida é mais do que necessária.
;Precisamos estar com a clareza dessa PEC. Se não fizermos nada seremos cobrados pela história do país por termos nos omitido;, disse. Segundo ele, o país poderá chegar a situações de colapso como o vivido pela Grécia que tinha uma dívida insustentável. ;Temos uma crise severa nos estados que atinge a União. O Orçamento da União é engessado, com despesas obrigatórias. Teremos que fazer não só essa PEC, mas as outras reformas;, disse.
Na mesma linha do ministro Henrique Meirelles, Dyogo lembrou que não é sustentável aumentar ;indefinidamente a carga tributária;. ;Se queremos demonstrar para a sociedade que o Estado tem capacidade de gerenciar as nossas despesas. Não decidimos o que ganhamos, mas decidimos o que gastamos;, afirmou.
Mais cedo, Meirelles disse aos parlamentares que o governo não pode resolver o problema do déficit e da dívida apenas por meio do aumento de impostos. Segundo ele, a carga tributária brasileira já cresceu muito nos últimos anos e está entre as mais altas do mundo.