Jornal Correio Braziliense

Economia

Sessão da Câmara atinge quórum para iniciar votações de matérias econômicas

Em mais um dia de sessão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, a sessão da Câmara ficou esvaziada durante boa parte da manhã

Pouco mais de três horas após o início da sessão extraordinária, a Câmara dos Deputados atingiu o quórum necessário para dar início às votações de matérias relevantes para o governo. Para iniciar a ordem do dia, é preciso haver 257 deputados na sessão. Pouco antes das 12h40, estavam presentes 265 parlamentares.

Estão na pauta a Medida Provisória que cria o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o projeto Lei Complementar que trata da renegociação da dívida dos Estados e o projeto de Lei do Senado que altera as regras do pré-sal. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conduz os trabalhos.

Em mais um dia de sessão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, a sessão da Câmara ficou esvaziada durante boa parte da manhã. Uma parcela dos parlamentares que se pronunciaram nesse período falaram sobre o impedimento da petista, elogiando o processo ou atacando.



"Uma vez que o Legislativo deu autonomia ao Executivo para fazer o decreto, o decreto é legal, é legítimo", defendeu o deputado Valmir Assunção (PT-BA), referindo-se aos decretos que abriram créditos suplementares no âmbito do Orçamento de 2015, que fazem parte da denúncia à presidente afastada.

Na segunda-feira (29/8) Dilma afirmou em seu interrogatório que a Constituição veda a edição desses decretos sem autorização legislativa, mas frisou que a Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano passado, aprovada pela Câmara e pelo Senado, constitui tal permissão.

O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) ressaltou a "falta de humildade" da petista ao "não reconhecer os erros e crimes de responsabilidade que foram praticados". "A esta altura do campeonato, continua a empáfia, dizendo que é vítima de um golpe", disse o parlamentar.