Paulo Silva Pinto
postado em 31/08/2016 09:08
A economia brasileira registrou queda de 0,6% no segundo trimestre de 2016 ante os três meses imediatamente anteriores, confirmando um dos mais severos períodos de recessão do país. A retração foi puxada, sobretudo, pelo consumo das famílias, que desabou 0,7 %. Com o desemprego em disparada, a inflação ainda muito elevada e a escassez de crédito, os consumidores foram obrigados a cortar de tudo no orçamento, inclusive comida.Em relação ao mesmo trimestre de 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,8%. No acumulado do ano, a contração chega a 4,6%. Em 12 meses, a contração atinge 4,6% Esses números reforçam a previsão de tombo de pelo menos 3% no PIB em todo 2016. Será o segundo ano consecutivo de queda do PIB, o que não se vê de 1930 e 1931.
[SAIBAMAIS]Os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam, porém, que esse pode ter sido o suspiro final da recessão. É possível que no terceiro trimestre do ano a variação do PIB seja igual ou ligeiramente superior a zero. A possível saída da recessão coincide com a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo o IBGE, o setor de serviços também teve forte peso para a queda do PIB entre abril em junho, assim como o consumo do governo, com retração de 0,5%, e a agropecuária, que encolheu 2%. A boa notícia veio dos investimentos, com alta de 0,4%, encerrando um longo período de diminuição.