Economia

Queda do PIB é resultado de equívocos na política econômica

A economia sofreu, principalmente, pela destruição dos três pilares da estabilidade: câmbio flutuante, metas de inflação e superavit fiscal

Paulo Silva Pinto
postado em 31/08/2016 10:11
A queda de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores foi a sexta consecutiva nesta base de comparação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se de um dos períodos mais longos de contração da economia. Esse resultado é a síntese do desastre que foi a política econômica de Dilma Rousseff, que deverá ser afastada definitivamente do poder hoje pelo Senado.

A economia sofreu, principalmente, pela destruição dos três pilares da estabilidade: câmbio flutuante, metas de inflação e superavit fiscal. Isso destruiu a confiança dos agentes econômicos. Empresários e consumidores se retraíram de uma forma sem precedentes. Nos últimos meses, a confiança deu sinais de recuperação. Mas esse movimento ainda é pequeno para sustentar uma recuperação mais forte do PIB nos próximos meses.



A equipe econômica prefere ser conservadora. Acredita que somente no quarto trimestre do ano o PIB será positivo. O tamanho da recuperação nos próximos meses dependerá, porém, da capacidade do governo de levar adiante reformas importantes para permitir o ajuste das contas públicas e abrir caminho para que o Banco Central possa dar início à queda da taxa básica de juros (Selic), que está em 14,25% ao ano desde julho de 2015

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