O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano pela nova vez consecutiva. A decisão, tomada de maneira unânime pelo colegiado, era esperada pelo mercado. Os analistas apostam que o início do ciclo de afrouxamento dos juros só começará após a inflação corrente diminuir e o Congresso Nacional aprovar medidas para reequilibrar as contas públicas.
A maioria dos economistas estima que a autoridade monetária deve iniciar a queda de juros na última reunião do ano, que ocorrerá em 29 e 30 de novembro. Eles avaliam que ata lá o governo terá encaminhado algumas das medidas fiscais, entre elas a aprovação do teto para crescimento dos gastos públicos. Apesar disso, disso os mesmo ressaltam que há o risco de que o processo de distensão da Selic pode ficar para o próximo ano.
O temor é de que a base do governo perca unidade após vários senadores votarem pela manutenção dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) já afirmou que adotará postura indecente nas votações em plenário. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-GO) entregou o cargo de líder do governo no Senado e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) reclamou da falta de coerência dos parlamentares.