
Somente em junho, a bolsa registrou alta de 6,3% e no primeiro semestre acumulou valorização de 18,86%. Entretanto, o que se viu no período foi uma posição mais conservadora dos gestores de fundos de pensão. Diante dos prejuízos, as entidades fechadas de previdência complementar aumentaram de 70,7% para 72% o total de ativos aplicados em renda fixa. Com isso, a participação em renda variável encolheu de 18,5% para 17,7%. Atualmente, as fundações possuem um patrimônio de R$ 763 bilhões, que corresponde a 12,8% do Produto Interno Bruto (PIB).
Boa parte do deficit dos fundos de pensão se concentra nas três maiores entidades fechadas de previdência complementar. A Previ, dos empregados do Banco do Brasil, amargou, no ano passado, prejuízo de R$ 16,1 bilhões. A Funcef, da Caixa Econômica Federal, de R$ 8 bilhões. E a Petros, da Petrobras, teve um resultado negativo de R$ 23,1 bilhões. Somente nos três casos, o rombo chegou a R$ 47,2 bilhões, o equivalente a 61,5% do deficit acumulado pelo setor em 2015. Como nem todas as entidades publicam mensalmente a evolução dos resultados não é possível saber como está esse percentual.
O presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto, explicou que o deficit das entidades, no período, pode ser explicado pela rentabilidade inferior à necessária para as fundações baterem as metas. Segundo ele, nos planos de benefícios definidos ; em que os participantes sabem o valor do seguro que receberão no momento da aposentadoria ; o rendimento médio foi de 8,28%, abaixo dos 8,44% atingidos, em média, por todos os fundos de pensão.
O executivo lembrou também que o número de entidades superavitárias cresceu no período. Passou de 127, em dezembro, para 129, em junho. Além disso, o saldo positivo acumulado por esse grupo passou de R$ 13,9 bilhões para R$ 16,8 bilhões, alta de 20,8%. ;Estamos vindo de três ou quatro anos ruins e esperamos voltar a bater a meta atuarial;, disse Pena Neto.
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