Jornal Correio Braziliense

Economia

Sem acordo com patrões, bancários seguem em greve há oito dias em todo país

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), a paralisação alcança 48,97% das agências do país



A Fenaban informou que a proposta rejeitada oferecia abono de R$ 3.300, o que resultaria numa correção superior à inflação prevista para os próximos doze meses, ;com ganho expressivo para a maioria dos bancários;.

[SAIBAMAIS];Abono não é ganho real. É compensação por perdas;, contestou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. ;Já avisamos que esse modelo que traz perdas para os trabalhadores não será aceito. Queremos respostas para outras reivindicações fundamentais para a categoria, como proteção aos empregos, mais contratações, melhores condições de trabalho e auxílio-creche maior;, declarou. O presidente da Federação Centro Norte-CUT (Fetec-CUT), José Avelino, disse que ;os bancos continuam tendo lucros astronômicos e podem perfeitamente atender às reivindicações da categoria;.

Transição
A Fenaban entende que o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, em que a inflação tende a recuar. ;O reajuste será aplicado também ao PLR pago pelos bancos aos funcionários, que está entre as maiores entre todos os setores da economia;, afirmou a entidade, em comunicado, sem informar se haverá uma nova proposta.