Economia

Mercado piora projeções para as contas públicas

Mediana das previsões de rombo para 2016 e 2017 aumentam e analistas já preveem estouro da meta no ano que vem, que é de um rombo de R$ 139 bilhões para o governo central

Rosana Hessel
postado em 15/09/2016 11:16
Analistas continuam pessimistas à capacidade de o governo federal equilibrar as contas públicas e pioraram as projeções para o resultado primário do governo central (que inclui Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) tanto para 2016 quanto para 2017. Está previsto o estouro da meta fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano.

A mediana das estimativas para o deficit primário deste ano passou de R$ 158,8 bilhões, em julho, para R$ 160,4 bilhões, em agosto, conforme dados coletados pelo Prisma Fiscal no mês passado, elaborado pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda e divulgado nesta quinta-feira (15/09). Esse resultado ainda está abaixo da meta fiscal da LDO, que prevê um rombo de até R$ 170,5 bilhões até dezembro.



Para 2017, a mediana das expectativas de deficit primário do governo central ficou em R$ 140,2 bilhões, acima dos R$ R$ 138,4 bilhões registrados no Prisma anterior. Esse resultado ficou acima da meta fiscal do ano que vem, de um saldo negativo R$ 139 bilhões. Os mais pessimistas mantiveram as previsões de rombo em R$ 200 bilhões.

As estimativas de receita líquida em 2017 tiveram alta imperceptível e ficaram praticamente estáveis, em R$ 1,176 trilhão. Mas as despesas subiram 0,4% em relação a julho, para R$ 1,320 trilhão. A mediana das previsões para a dívida bruta para o ano que vem também pioraram, passando de 78,20% do Produto Interno Bruto (PIB), em julho, para 78,40% do PIB, em agosto. No entanto, os mais pessimistas apostam em que essa taxa poderá chegar a 85% do PIB no ano que vem. Para este ano, essa taxa deverá ficar em 78% do PIB, pelas estimativas de agosto, acima dos 77% do PIB previstos no relatório anterior.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação