Agência Estado
postado em 19/09/2016 17:19
O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira (19/9) que a aprovação definitiva da emenda constitucional que fixa teto de gastos federais será decisiva para atração de investimentos. "Fixado o teto, vamos ter uma chuva de investimento no País", previu. "Há muita liquidez no mundo. Temos que construir o ambiente propício."
[SAIBAMAIS]Padilha esteve no Rio para participar do balanço da Paralimpíada, mas se atrasou e chegou depois da apresentação. O ministro repetiu que não haverá mudanças na proposta do governo que fixa o limite de gastos na despesas. "O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) é o capitão do nosso time e diz que teto é teto. Não há claraboia, não vai haver exceção. Ou aprovamos o teto ou se avizinha o descontrole das contas públicas", disse.
Padilha confirmou que a reforma trabalhista não é prioridade do governo e que, depois do limite de gastos federais, o empenho será pela aprovação da reforma previdenciária, que deverá acontecer até o fim do primeiro semestre de 2017, na previsão de Padilha. "Não vamos abrir novas frentes além dessas", afirmou.
Padilha disse que governo trabalha com a previsão de superávit a partir de 2019. "Superávit em 2018 é muita pretensão. Em 2019 já seria muito bom", declarou. O ministro disse que pesquisas apontam elevação do nível de confiança do empresariado, o que, afirmou, será decisivo para a recuperação da economia.
Questionado sobre acusações feitas pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da presidência, Moreira Franco, o chefe da Casa Civil disse que o governo está tranquilo. "Não temos que responder absolutamente nada. O ministro Moreira Franco disse que está tranquilo em relação a este fato. Logo, o governo está tranquilo", disse.
Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", Cunha afirmou que Moreira, que ocupou a vice-presidência de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal (CEF), está por trás de irregularidades no financiamento de obras de revitalização do porto do Rio. O deputado cassado é suspeito de ter cobrado propina para liberação de recursos do Fundo de Investimento do FGTS, mas negou as acusações e disse que as investigações apontarão responsabilidade de Moreira. Questionado sobre o que teria motivado Cunha a atacar Moreira, Eliseu Padilha respondeu: "Ainda não sei ler pensamento a distância".