Economia

Mesmo com corte de investimentos, Petrobras quer reduzir preço da gasolina

Estatal corta investimentos em 25% e pode afetar a recuperação da economia. Empresa se concentra na produção de petróleo, planeja sair de negócios não essenciais e diz que é livre para fixar valor de combustíveis de acordo com o mercado externo

Rodolfo Costa
postado em 21/09/2016 06:00

Estatal corta investimentos em 25% e pode afetar a recuperação da economia. Empresa se concentra na produção de petróleo, planeja sair de negócios não essenciais e diz que é livre para fixar valor de combustíveis de acordo com o mercado externoA Petrobras não vai medir esforços para reduzir o endividamento de R$ 397 bilhões que estrangula o desenvolvimento da companhia. Essa é a sinalização do próximo Plano de Negócios e Gestão (PGN) da estatal ; o primeiro na gestão do presidente da empresa, Pedro Parente ;, que compreende o período de 2017 a 2021. Para esse ciclo, a estatal definiu investimentos de US$ 74,1 bilhões, volume 25% menor em relação ao planejamento em vigor, de US$ 98,4 bilhões. O valor é o menor desde o PGN 2006-2010, que estabeleceu aplicações de R$ 56,4 bilhões. Ao mesmo tempo em que corta investimentos, a Petrobras já prevê redução do preço da gasolina.

O recuo de investimentos é tido pelo mercado como fundamental para assegurar o equilíbrio financeiro da estatal. No entanto, como a empresa é responsável por cerca de 10% de tudo o que se investe no país, a decisão pode ter impacto negativo sobre a recuperação da atividade econômica. Para o economista Walter de Vitto, analista da Tendências Consultoria, contudo, o efeito negativo será apenas a curto prazo. ;Em um primeiro momento, a medida ajuda a segurar o ritmo de crescimento da economia. A longo prazo, no entanto, ter a empresa saneada significa que ela poderá investir mais, permitindo aumento do Produto Interno Bruto (PIB);, enfatizou.

[SAIBAMAIS]Combustíveis
Parente reforçou ainda que a empresa é livre para reajustar o preço da gasolina e do óleo diesel ;quando julgar necessário;, e que o plano de negócios projeta ;preços competitivos;, alinhados com o mercado internacional. Nesse sentido, Walter de Vitto, da Tendências, avalia que o alcance das metas da Petrobras depende da realização das projeções para o preço do petróleo. A expectativa é de que o barril do tipo Brent fique em US$ 48 em 2017. Para os anos seguintes a expectativa é de US$ 56 para 2018; US$ 68 em 2019; e US$ 71 entre 2020 e 2021.

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