Economia

Produção recuou em 21 dos 24 ramos da indústria em agosto ante julho

No caso de alimentos, houve influência negativa das condições climáticas desfavoráveis sobre o setor de cana de açúcar

Agência Estado
postado em 04/10/2016 11:16
A redução de 3,8% da produção industrial na passagem de julho para agosto teve predomínio de resultados negativos, alcançando 21 dos 24 ramos pesquisados, segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda na produção em agosto interrompe uma sequência de cinco resultados positivos, período em que a indústria tinha acumulado um avanço de 3,7%.

"De fato, o mês de agosto mostrou uma diminuição importante de ritmo na produção. A indústria elimina no mês de agosto o ganho acumulado nos cinco meses anteriores", apontou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

As principais influências negativas para o resultado geral foram dos produtos alimentícios (-8,0%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,4%). A fabricação e alimentos eliminou o avanço de 1,9% verificado em julho, enquanto a produção de veículos teve a segunda queda consecutiva, acumulando nesse período uma perda de 14,0%.



"A redução na produção de automóveis tem relação direta com paralisações na produção de montadoras, reduções de jornada, que já vinham ocorrendo para adequar estoques à demanda. Mas, para esse mês particular teve um adicional, a paralisação de uma determinada empresa em função de um problema de fornecimento de matéria-prima. Isso traz uma consequência importante para a fabricação de automóveis", disse Macedo, referindo-se à briga da Volkswagen com uma fornecedora de autopeças, que paralisou a linha de montagem da fabricante e afetou o desempenho da produção de automóveis em agosto ante julho.

No caso de alimentos, houve influência negativa das condições climáticas desfavoráveis sobre o setor de cana de açúcar.

Outras contribuições negativas importantes para o total da indústria no período foram das indústrias extrativas (-1,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,9%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-5,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,9%), de metalurgia (-1,7%), de máquinas e equipamentos (-1,6%) e de produtos de borracha e de material plástico (-1,9%).

Na direção oposta, o ramo de produtos farmoquímicos e farmacêuticos avançou 8,3% em agosto ante julho, eliminando a queda de 7,3% verificada no mês anterior.

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