postado em 17/10/2016 06:00
O presidente Michel Temer ressaltou ontem, durante a reunião de Cúpula do Brics ; grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ;, que o país começa a ;entrar nos trilhos;. Em discurso, no encontro privado dos chefes de Estado, em Goa (Índia), ele afirmou que em breve será enviada ao Congresso a proposta de reforma da Previdência, com objetivo de eliminar privilégios, e lembrou do novo modelo de parcerias com o setor privado, que, além de reforçar a geração de empregos, melhorará a infraestrutura do país.[SAIBAMAIS];Já começamos a colher os frutos. As previsões para a economia brasileira em 2017 já melhoraram. O Fundo Monetário Internacional estima o fim da recessão e a volta do crescimento do PIB brasileiro no próximo ano. A inflação tem cedido e, em setembro passado, tivemos o menor índice para o mês desde 1998. Já é possível verificar a positiva reversão de expectativas, com decidida elevação nos níveis de confiança dos agentes econômicos;, completou Temer.
O presidente reforçou a necessidade de equilibrar as contas públicas para que o país volte a crescer e com isso gerar empregos. Para ele, a responsabilidade fiscal é questão urgente porque o desarranjo das contas públicas é a ;causa maior da crise que enfrentamos;.
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No encontro com os líderes do Brics ; Vladimir Putin (Rússia), Narendra Modi (Índia), Xi Jinping (China) e Jacob Zuma (África do Sul ;, Temer quis deixar claro que a superação da crise econômica brasileira passa não só pela responsabilidade fiscal como também pela social. ;No Brasil de hoje, responsabilidade social significa, antes de mais nada, empregos. Só teremos emprego com crescimento, e só teremos crescimento com o equilíbrio das contas públicas;, afirmou.
Investimentos
Temer convidou empresas dos países do Brics a investirem no Brasil e garantiu que os interessados ;encontrarão um país com estabilidade política, com segurança jurídica e com grande mercado consumidor;. ;Estamos empenhados em melhorar o ambiente de negócios. Vamos desburocratizar processos, reduzir custos de operação e zelar pela previsibilidade e pela segurança jurídica. Lançamos, já, o Programa de Parcerias de Investimentos, fundado em regras estáveis. São 34 projetos iniciais nas áreas de portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, energia, óleo e gás. As agências reguladoras voltarão a ter papel efetivo de supervisão;, afirmou o presidente a chefes de estado e empresários.
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, que também participa do encontro, elogiou o esforço do governo Temer para aprovar a PEC do Teto, que restringe o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior. Ele afirmou que, ;no atacado;, a adoção do limite é positiva, sobretudo do ponto de vista da política fiscal e das expectativas dos agentes econômicos.
;Tendem a melhorar muito as expectativas, que são uma condição para o crescimento. É preciso também ter outras opções de financiamento, abertura de comércio, para que haja retomada;, apontou o ministro. Na avaliação do chanceler, a economia vai logo entrar numa nova rota de expansão com a política do governo de buscar o reequilíbrio fiscal e recuperar a área social.