Economia

Ministro Gilmar Mendes vota contra a desaposentação

Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), um eventual reconhecimento pela Corte ao direito de "desaposentação" afetaria profundamente o equilíbrio financeiro da Previdência Social, gerando um impacto anual da ordem de R$ 7,7 bilhões

Agência Estado
postado em 26/10/2016 18:32

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou nesta quarta-feira (26/10) contra a "desaposentação", que é a possibilidade de recálculo da aposentadoria no caso de volta ao mercado de trabalho. Iniciado em 2010, o julgamento foi retomado nesta quarta-feira, apesar do pedido de entidades pelo adiamento da análise da matéria.

"Diante das circunstâncias fáticas, não parece razoável que o Judiciário deixe de sobrepesar com elevada sensibilidade os impactos econômicos e sociais produzidos pelas alternativas constitucionais colocadas em debate", disse Gilmar Mendes.


Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), um eventual reconhecimento pela Corte ao direito de "desaposentação" afetaria profundamente o equilíbrio financeiro da Previdência Social, gerando um impacto anual da ordem de R$ 7,7 bilhões

"Não me parece que a permissão da majoração de benefício no caso da ;desaposentação; esteja em linha com os princípios constitucionais e muito menos condizente com a realidade econômica que nos impõe", prosseguiu Gilmar Mendes, que mencionou a situação do Estado do Rio de Janeiro na sessão.

Até aqui, votaram contra a "desaposentação" os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux, Edson Fachin, Dias Toffoli e Teori Zavascki.

A favor da "desaposentação" se posicionaram os ministros Marco Aurélio, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação