Eles são em menor número e mais bem pagos. De acordo com dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2013, apesar de os servidores públicos representarem 0,4% da mão de obra empregada no país ante a 89,9% dos que trabalham na iniciativa privada, o salário médio do funcionalismo no período era de R$ 2.987. A remuneração média dos ocupados em empresas era de R$ 1.889.
Para aumentar a diferença, nos últimos anos, os funcionários públicos conseguiram reposições mais altas do que quem trabalha no setor privado. Um estudo do economista Nelson Marconi, da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra reajustes 244,5% superiores aos conseguidos na iniciativa privada, entre 2012 e 2015. As distâncias remuneratórias são mais gritantes entre o pessoal de nível médio, em Brasília. ;São distorções que, do ponto de vista econômico, não se justificam. Além disso, há muita falta de transparência. Nunca se sabe exatamente o custo total do servidor para o Tesouro Nacional. Alguns benefícios são uma caixa-preta;, destacou Marconi.
Apesar do favorecimento dos últimos anos, a pressão dos servidores por reposição inflacionária e equiparação entre carreiras tende a aumentar, segundo especialistas, ameaçando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto, que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior.
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