O menor crescimento da economia brasileira em 2017, já tratado como realidade pela equipe econômica, deve reduzir em pelo menos R$ 7 bilhões as receitas da União no ano que vem, segundo cálculos da consultoria da Câmara dos Deputados feitos a pedido do Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Na elaboração do Orçamento de 2017, a equipe econômica estimou crescimento de 1,6% no Produto Interno Bruto (PIB), mas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu em declarações à imprensa que o avanço deve ser menor, de 1%. O Boletim Focus, coletado pelo Banco Central junto a analistas, mostra que a estimativa, antes em 1,2%, caiu a 1,13%.
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[SAIBAMAIS]Caso o PIB cresça apenas 1%, a arrecadação ficaria R$ 3,8 bilhões menor que o previsto no Orçamento, calcula o diretor da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof) da Câmara, Ricardo Volpe. Soma-se a isso o efeito da menor atividade sobre variáveis como inflação e massa salarial, a frustração aumenta a R$ 7 bilhões. "Nesse momento, tudo indica que a projeção do governo (de 1,6%) é otimista", diz Volpe.
Apesar disso, a equipe econômica garante que a meta de encerrar 2017 com déficit de R$ 139 bilhões está mantida e espera recursos extraordinários para fechar a conta. Uma das receitas que já está no radar do governo é a arrecadação com a reabertura do programa de repatriação, cujo projeto já tramita no Congresso Nacional.
Por Agência Estado