Rodolfo Costa
postado em 17/11/2016 08:08
O grau de escolaridade dos pais é determinante para o nível de instrução e até mesmo para a renda dos filhos. É o que aponta o estudo Mobilidade Sócio-Ocupacional, suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS).
A pesquisa mostra que, para 3,49 milhões de pais com curso superior completo, 2,41 milhões de filhos tinham o mesmo nível de educação, ou seja, uma proporção de 69%. Entre mães e filhos na mesma condição, a relação chegava a 64%. Por receberem influência dos genitores, muitos desses filhos, consequentemente, conseguiram se inserir melhor no mercado de trabalho, ganhando um bom salário.
Em condições de escolaridade equivalente de ensino superior completo, os filhos que sofreram mais influência dos pais tinham um rendimento médio de R$ 6,7 mil. Os que tiveram mais influência das mães foram remunerados em R$ 5,8 mil, segundo o levantamento.
Para 26,44 milhões de pais sem instrução, foram observados apenas 1,06 milhão de filhos com grau superior de escolaridade. Isso significa que apenas 4% dos filhos de pais analfabetos conseguiram cursar faculdade. No caso dos que sofreram mais influência de mães sem qualquer instrução, a proporção dos que chegaram a cursar faculdade foi de 3,9%.
Os rendimentos médios nessas situações são bem menores. O salário do filho com nível superior criado por um pai sem instrução era de R$ 2,3 mil. Já o da pessoa com o mesmo nível de escolaridade instruído por uma mãe analfabeta foi de quase R$ 1,1 mil.
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