Jornal Correio Braziliense

Economia

Seis meses de Temer no governo: impasse fiscal e Trump postergam a retomada

Temer ainda tem de garantir a aprovação da PEC nº 55, a do teto dos gastos, no Senado


O grande feito de Temer nos seis primeiros meses de governo foi ter realizado o óbvio, explica o economista Evandro Buccini, da Rio Bravo Investimentos. Ao escolher uma equipe técnica para comandar a economia, ele restabeleceu a confiança. ;Antes discutíamos um quadro de dominância fiscal. Isso foi engavetado. Corríamos para o precipício e agora mudamos de direção. Mas ainda estamos perto do buraco e não estamos andando para longe dele na velocidade que gostaríamos;, diz.

Lenta e gradual

Buccini explica que o governo decidiu atacar o problema fiscal de maneira lenta e gradual, mas por meio de um componente estrutural. ;A grande mudança é que se achava que a dívida não estava sob controle. O governo decidiu andar lentamente para não tropeçar no caminho. Pode ser uma estratégia boa, mas depende da aprovação da reforma da Previdência;, comenta. Ele diz que se as mudanças na regra para concessões de benefícios não forem aprovadas, tudo que se arrecada será destinado para pagar aposentadorias nos próximos anos.
O maior desafio do Executivo será tornar as promessas realidade, afirma a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. Ela destaca que os sinais da equipe econômica são claros e o diagnostico é preciso. A dificuldade é que o governo não gosta de abrir mais de uma frente de batalha. ;O lado bom disso é o pragmatismo. Mas o risco é de que algumas decisões sejam postergadas;, afirma.

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