postado em 21/11/2016 15:00
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta segunda-feira (21/11) que o governo brasileiro vem atuando para tornar o ambiente de negócios mais amigável à iniciativa privada e defendeu as reformas em curso já propostas pela equipe do presidente Michel Temer, como a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto dos gastos e a reforma da Previdência.
As afirmações foram feitas num discurso gravado em vídeo e exibido no seminário "Reavaliação do Risco Brasil", promovido pela Fundação Getulio Vargas e Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
"As reformas são necessárias para garantir mais à frente a reversão da tendência crescente da dívida publica", defendeu o presidente do BC na gravação. "O teto dos gastos é primeiro passo. Essa medida precisa ser acompanhada pela reforma dos gastos previdenciários", acrescentou. Segundo Ilan, com a aprovação da PEC do Teto, atualmente em tramitação no Senado, o Brasil voltará a fazer escolhas, ao invés de elas serem impostas pelas circunstâncias.
O presidente da autoridade monetária defendeu a importância de entender como chegamos ao momento atual de crise, para que possamos sair dela. Segundo ele, a crise atual é reflexo de fatores de natureza exógena, como o regime de baixo crescimento das economias maduras, mas também de medidas adotadas pelo então governo em reação ao choque externo.
"As medidas adotadas com propósito de serem anticíclicas tornaram-se protecionistas. Essas políticas levaram a distorções de preços", avaliou ele.
O Banco Central seria parte da solução, porque fornece credibilidade aos agentes econômicos. "O velho tripé econômico é imperativo", defendeu Ilan.
Ele diz que já foi possível observar uma melhorar na percepção de risco do País e defendeu ainda a importância de uma condução da política monetária visando a atingir a meta de inflação de 4,5% ao ano, lembrando que as expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017 já recuaram para patamar abaixo de 5%.
"Já hoje analistas preveem um ano de 2017 melhor do que o de 2016, e um ano de 2018 melhor que o de 2017", disse.
Por Agência Estado