postado em 01/12/2016 10:44
O indicador que mede a confiança dos micro e pequenos empresários recuou 0,4 ponto entre outubro e novembro, passando de 50,6 pontos para 50,2 pontos, informaram o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nesta quinta-feira (1;/12). Na comparação com novembro de 2015, o indicador saltou 11,9 pontos, de 38,3 pontos. A escala da pesquisa varia de zero a 100, em que 100 indica o máximo do otimismo.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a manutenção do indicador acima do nível neutro de 50 pontos por dois meses seguidos é uma boa notícia, por este ser um componente essencial para a retomada econômica, mas pondera que a consolidação da confiança do empresariado depende das reformas fiscais e do cenário internacional.
"É a confiança que induzirá o investimento por parte das empresas, gerando empregos e estimulando o consumo, hoje em baixa por causa da recessão. No entanto, a consolidação da melhora da confiança dos empresários depende de dois cenários que ainda são fontes de incertezas: avanço das reformas debatidas no Congresso e de um ambiente externo favorável", disse Pinheiro.
Piora na economia
A maioria dos empresários consultados (67,1%) avaliou que a situação da economia piorou nos últimos três meses e 58,9% considerou que o seu próprio negócio passou enfrentar dificuldades no mesmo período.
[SAIBAMAIS]Em relação às perspectivas para o futuro tanto da economia quanto dos negócios, o indicador de Expectativas alcançou 64,8 pontos em novembro, o que representou um leve recuo em relação a outubro, quando marcou 65,7 pontos, mas um avanço na comparação com novembro de 2015, quando ficou em 50,8 pontos.
Em termos porcentuais, 64,6% dos empresários se disseram confiantes no desempenho dos seus negócios nos próximos seis meses, mas a maioria (35%) não sabe explicar a razão para o otimismo. Além disso, 58,5% dos consultados manifestaram confiança no desempenho da economia, mas também a maior parte (38,5%) não sabe explicar o motivo das expectativas positivas e disse apenas que "as coisas irão acontecer".
Há também os que mencionam os sinais de melhora de alguns indicadores econômicos (31,4%) e os que acreditam a crise política será resolvida (14,1%). Já entre o porcentual que está pessimista em relação à situação macroeconômica do País (17,9%), o principal problema apontado são as incertezas políticas (43,4%).
A pesquisa também aponta que mais da metade dos micro e pequenos empresários (50,5%) acredita que o faturamento de suas empresas irá crescer nos próximos seis meses. Apenas 6,2% projetam queda nas receitas durante esse intervalo.
"O fato de o próprio negócio inspirar mais confiança do que a economia é resultado de que os entrevistados têm controle de sua empresa, mas não podem controlar a economia. Assim, diante da adversidade, o empresariado tende a acreditar que pode promover ajustes para atenuar o impacto da crise", afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
O Indicador de Confiança do SPC Brasil e da CNDL é baseado nas avaliações dos micro e pequenos empresários sobre as condições gerais da economia brasileira e também sobre o ambiente de negócios, além das expectativas para os próximos seis meses tanto para a economia quanto para suas empresas.
Por Agência Estado