Economia

Parente: lei do pré-sal aumenta potencial de exploração riqueza do País

Pedro Parente, voltou a defender o fim da exclusividade da exploração de áreas do pré-sal pela Petrobras

postado em 02/12/2016 13:53
Parente informou o governo brasileiro está agora embarcando em um programa de parcerias que conversa com o programa da PetrobrasO presidente da Petrobras, Pedro Parente, voltou a defender o fim da exclusividade da exploração de áreas do pré-sal pela Petrobras, dizendo que aumenta o potencial e exploração e gera riquezas para o País.

"Um campo de pré-sal necessita de investimentos da ordem de US$ 10 bilhões, sendo 44% referentes a tributos, royalties, enfim receita pública para o governo federal e para os Estados. Pelo menos outros 66% são relativos a fornecedores brasileiros e empregados brasileiros", afirmou. "No mínimo 60% do que é investido é em benefício do Brasil. Essa é a importância da aprovação dessa lei", acrescentou, em evento da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) na capital paulista.

O presidente da Petrobrás disse que o marco regulatório do setor é extremamente desafiador e que a política de conteúdo local é controversa. "A indústria julga que somos contra, mas não somos. Somos contra ao que está aí, porque não ajudou e trouxe problemas relevantes para a empresa", afirmou. "Somos a favor de uma política de conteúdo local que seja inteligente e possa premiar, no lugar de punir", continuou o executivo.

Parente informou o governo brasileiro está agora embarcando em um programa de parcerias que conversa com o programa da Petrobras.


Endividamento


Ainda no evento, Parente lembrou que o endividamento da empresa é extremamente elevado. "É preciso mencionar o fato de que esse endividamento cresceu de forma astronômica nos últimos anos a partir de 2010. Talvez um terço (dos investimentos que levaram ao aumento da dívida) produza resultados para a empresa hoje. Os outros dois terços (são para projetos) que se mostraram muito mais caros do que o imaginado ou não foram concluídos", disse.

Ele recordou que os custos de carregamento da dívida da Petrobras hoje são muito maiores e reiterou que a meta é reduzir alavancagem de 5,3 vezes em 2015 para 2,5 vezes até 2018. Antes, a previsão era de que essa meta fosse atingida em 2020. "Reduzimos a meta em dois anos porque não é possível conviver com esse custo elevado da dívida", destacou.


Comitês do conselho


[SAIBAMAIS]O presidente da Petrobras ressaltou por diversas vezes a importância do conselho de administração na atual gestão da estatal, em evento da Abiquim, em São Paulo. De acordo com o executivo, os comitês do colegiado estão funcionando de forma muito eficiente.

Nesta semana, a Petrobras informou que o plano de investimento passou a ser de responsabilidade do conselho de administração, e não mais da diretoria. A nova atribuição do colegiado foi aprovada pelos acionistas na assembleia geral extraordinária (AGE) e incluída no estatuto social.

Investimento em refino


O presidente da Petrobras frisou que não serão feitos investimentos na ampliação da capacidade de refino, a menos que encontre parceiros dispostos a complementar os investimentos no Comperj, obra que atualmente está parada. O quadro, segundo o executivo, abre a oportunidade para a importação de derivados. "E existem locais onde podemos comprar (derivados) a preços interessantes", disse, referindo-se ao mercado globa.

O executivo explicou que um dos pilares do equacionamento da dívida é a otimização dos investimentos. Ele reiterou que o plano estratégico de 2017 a 2021 teve o capex cortado em 25%, passando de US$ 98,4 bilhões para US$ 74,1 bilhões, conforme já divulgado no novo plano de negócios.
Agência Estado

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