Economia

Empresários e analistas comemoram propostas para a reforma da Previdência

Representantes setoriais consideram positivas, principalmente, a criação de uma idade mínima para aposentadoria e a unificação de regras dos setores público e privado

Simone Kafruni
postado em 07/12/2016 06:00
A proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso Nacional agradou as confederações setoriais e analistas de mercado. Os especialistas destacaram, entre os pontos positivos, a aplicação de uma idade mínima igual para trabalhadores dos setores público e privado e para homens e mulheres, e a inclusão de contribuição de produtores rurais para garantir o direito ao benefício da aposentadoria.

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Na opinião de Flávio Castelo Branco, gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os pontos principais da reforma vão garantir a viabilidade do sistema previdenciário brasileiro. ;Os critérios de elegibilidade, ou seja, em que condições as pessoas conseguem o benefício, foram adequados às condições demográficas que estamos vivendo hoje no país;, avaliou.

Castelo Branco destacou a idade mínima como principal medida. ;Conjungada com o tempo mínimo de contribuição, que subiu de 15 para 25 anos, vai evitar aposentadorias precoces, que são justamente aquelas de benefícis mais elevados e de pessoas com a expectativa de vida mais longa;, disse.

A proposta também agradou ao presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade. ;A idade mínima estipulada em 65 anos é bem razoável. Contribuir quase 50 anos para conseguir aposentadoria integral ficou um pouco pesado. Mas aumentar o tempo mínimo de contribuição, para 25 anos, me parece uma boa medida. Quinze anos era pouco;, opinou.

Para José Martins da Silva Júnior, presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), a reforma da Previdência tem que vir logo após a aprovação da PEC do teto dos gastos. ;O governo precisa fazer justiça. Não é possível que existam aposentadorias de R$ 100 mil;, disse.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ainda está avaliando os termos da proposta do governo, mas defende alguns pontos: a separação entre as contas da Previdência urbana, de caráter contributivo, da rural, de caráter assistencial; idade mínima de 65 anos; aumento do tempo mínimo de contribuição para os novos integrantes; e equiparação de condições entre homens e mulheres. ;A reforma é fundamental para garantir a sustentabilidade dos benefícios futuros. Adiá-la é ampliar o problema. Quanto mais tarde vierem as alterações, maior será o custo para as novas gerações.;

*Colaborou Vera Batista.

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