[SAIBAMAIS]A validação da PEC do Teto, em segundo turno no Senado, já era aguardada pelo mercado. Por isso, houve arrefecimento da baixa, atribuído, em parte, à realização de lucros. Profissionais do mercado também chamaram atenção para o placar da votação, que, nesta rodada final no Congresso, ficou aquém do esperado.
Por 53 votos a 16, o plenário do Senado aprovou em segundo turno o texto-base da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita pelos próximos 20 anos o crescimento das despesas públicas federais à inflação. Apesar de superar os 48 votos necessários, o placar de hoje foi inferior à votação em primeiro turno no Senado, quando o novo regime fiscal havia recebido 61 votos favoráveis e 14 contrários.
Em pressão contrária à realização de lucros, veio a atuação do Banco Central durante a tarde desta terça-feira. A divisa norte-americana aproximou-se das mínimas enquanto eram ofertados até US$ 4,2 bilhões, distribuídos a critério do BC, em dois "leilões de linha". Essas operações, de venda de dólares com compromisso de recompra, tinham por objetivo a rolagem para os vencimentos de janeiro.
No mercado futuro, o dólar para janeiro encerrou em baixa de 0,12%, aos R$ 3,3540, com mínima em R$ 3,3355 (-0,67%). O volume negociado com o ativo somou US$ 13,785 bilhões.
Pela manhã, o câmbio doméstico enfrentou instabilidade. Na abertura dos negócios, por exemplo, o dólar avançou ante o real, acompanhando a valorização da divisa norte-americana diante do euro, iene e algumas divisas de países emergentes. O viés positivo, que predominou em outros momentos do período matutino, seguiu a aposta de que o Federal Reserve elevará os juros amanhã e dará sinais sobre o ritmo de aperto daqui para frente.
Nas máximas, o dólar à vista marcou R$ 3,3643 (%2b0,52%), enquanto o contrato futuro para janeiro registrou R$ 3,3830 ( 0,74%).
Por Agência Estado