Economia

AEB prevê superavit recorde na balança comercial em 2017

Entidade prevê saldo positivo de US$ 51,6 bilhões, o maior desde 1996, e com alta de 13% sobre os US$ 45,6 bilhões estimados para este ano

Rosana Hessel
postado em 14/12/2016 10:29
O presidente da AEB, José Augusto de Castro, contou que essas novas projeções consideram uma estabilidade no câmbio, com o dólar permanecendo próximo ao patamar atual, entre R$ 3,20 e R$ 3,40 e a manutenção do cenário atual internacionalA Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) está prevendo superavit na balança comercial de US$ 51,6 bilhões em 2017, o maior da história. Esse resultado implica em alta de 13,1% sobre o saldo positivo estimado para este ano, de US$ 45,6 bilhões, que é o melhor desde 2006, de US$ 46,4 bilhões, um recorde da série iniciada em 1996.
[SAIBAMAIS]As previsões da AEB, divulgadas nesta quarta-feira (14/12) mostram que as exportações devem crescer 7,2% no ano que vem em relação a este ano, passando de US$ 197,3 bilhões para US$ 184,1 bilhões. As importações passarão de US$ 138,5 bilhões para US$ 145,7 bilhões no mesmo período, uma alta de 5,2%. O superavit anteriormente previsto para o ano que vem, de US$ 46,9 bilhões, era levemente superior ao atual.
O presidente da AEB, José Augusto de Castro, contou que essas novas projeções consideram uma estabilidade no câmbio, com o dólar permanecendo próximo ao patamar atual, entre R$ 3,20 e R$ 3,40 e a manutenção do cenário atual internacional. ;Qualquer turbulência no mercado externo poderá mudar essas previsões;, alertou ele, lembrando que a recente alta dos preços das commodities tem ajudado no aumento das exportações, mas até o momento não é possível precisar se haverá uma estabilização dos preços até o ano que vem.
;Existem muitas variáveis e não sabemos quais serão as consequências, mas o importante é ver que as exportações de manufaturados continuam caindo e os produtos brasileiros, com exceção das commodities, não conseguem ser competitivos no mercado externo. Sem as reformas estruturais, principalmente, a tributária e os investimentos na melhoria da infraestrutura, o supervit da balança não significará em aumento de produtividade muito menos de emprego no país. Apenas vai ajudar no balanço de pagamentos;, explicou.

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