Margareth Lourenço - Especial para o Correio
postado em 14/12/2016 18:04
A política fiscal definida para o médio e longo prazo, com a PEC do teto dos gastos públicos e com a Reforma da Previdência, entre outras mudanças, aponta para um modelo contracionista no lugar do modelo expansionista que estava em vigor no Brasil. O comentário é do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ao falar dos possíveis cenários para a melhoria do desempenho do setor do Comércio no próximo ano. Ele participa do Seminário Correio Debate ; Desafios para 2017. O evento acontece na tarde desta quarta-feira, no auditório do jornal, em Brasília.
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Para haver uma real retomada do consumo ;é importante que a curto prazo haja perspectivas reais de queda dos juros;, avalia. O economista assinalou que o setor responsável por alavancar o consumo, sofreu uma queda de 4,5%, em 2015, e vai fechar 2016 com um encolhimento em torno de 6%. Diante deste quadro, ele não se mostrou otimista para a recuperação logo na virada do ano. ;O crescimento da economia só deve começar a ser percebido a partir do segundo semestre;, ponderou.
[SAIBAMAIS]Mas para que isso aconteça, Freitas Gomes reforça que ;é importante que a curto prazo haja perspectivas de queda dos juros reais;. Porém, o consumo não será retomado se as famílias e as empresas continuarem endividadas, avalia. Neste sentido, ele citou a possibilidade de ser permitido o uso do compulsório, que tem custo zero, ;pois teria um efeito mais imediato na solução do pagamento de dívidas;. O economista aposta que o uso do compulsório não influenciaria a demanda, que está negativa. ;Irá ajudar as empresas e indivíduos a equacionar suas dívidas;, acredita.