A arrecadação das receitas federais somou R$ 102,2 bilhões em novembro, dado 0,11% acima do registrado no mesmo período de 2015, em valores corrigidos pela inflação, conforme dados divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (20/12). É o segundo mês de alta consecutiva.
;Apesar de ser um número bastante baixo, tirando a repatriação, novembro tem a primeira alta mensal no ano, sem contar as receitas extraordinárias da repatriação de ativos no exterior;, explicou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias. Ele contou que, no mês passado houve um acréscimo de R$ 2 milhões de recursos da repatriação que não haviam sido classificadas todas as receitas do programa, mas eles foram pagos em outubro, de acordo com Malaquias. Ao todo, a arrecadação com o programa de repatriação somou R$ 46,9 bilhões até o mês passado.
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No acumulado do ano, no entanto, a queda real da entrada de tributos foi de 3,16%, somando R$ 1,162 trilhão de janeiro a novembro, em valores correntes, que, se corrigidos pela inflação chegam a R$ 1,183 trilhão, o pior resultado desde 2010. Desde outubro, o ritmo de queda da arrecadação arrefeceu, ficando na casa de 3% sendo que a média dos meses anteriores ficava em torno de 7% de retração mensal.
;A perspectiva antes eram que não conseguiria chegar a esse patamar. Portanto, dentro do contexto, essa queda na casa de 3% é considerada positiva;, disse o técnico. Malaquias lembrou que os indicadores macroeconômicos continuam ruins e eles refletem diretamente no desempenho da arrecadação, mas ele considera que o quadro está menos pior do que no início do ano. ;Estamos num período recessivo em que a arrecadação reflete o comportamento da atividade econômica, mas há uma estabilização nos patamares atuais de queda;, destacou.