Economia

BNDES retoma repasses à Queiroz Galvão para obra em Honduras

O valor do contrato é de US$ 145 milhões, que correspondem a 66% do total da obra, orçada em US$ 220 milhões

postado em 04/01/2017 11:32
Segundo o BNDES, esse contrato atendeu aos quatro requisitos. Até agora, o banco já desembolsou ao exportador brasileiro US$ 57 milhões, cerca de 40% do total previstoO Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (3/1) que retomou, em 28 de dezembro passado, os desembolsos relativos ao contrato de financiamento às exportações de bens e serviços de engenharia destinado à construção, pela Construtora Queiroz Galvão, do corredor logístico que liga Puente San Juan I a Goascorán, em Honduras.

O valor do contrato é de US$ 145 milhões, que correspondem a 66% do total da obra, orçada em US$ 220 milhões. Este é o primeiro financiamento da carteira de exportação de bens e serviços de engenharia e construção que volta a receber recursos do BNDES desde maio de 2016.

Naquela ocasião os desembolsos foram temporariamente suspensos devido a uma ação civil pública aberta em junho de 2015 pela Advocacia Geral da União (AGU) contra empreiteiras por improbidade administrativa. A suspensão atingiu obras em nove países, todas realizadas por empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, como Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

Quando anunciou a suspensão, em outubro passado, o BNDES informou que avaliaria cada operação conforme quatro critérios: o avanço físico da obra, o nível de aporte de recursos de outros financiadores, o impacto de novos desembolsos na exposição e risco de crédito do BNDES e a exigência de que um termo de compliance (conformidade) fosse assinado por importador e o exportador. Os critérios levaram em consideração consultas à Advocacia-Geral da União (AGU) e aos demais órgãos do sistema de apoio oficial às exportações.

Segundo o BNDES, esse contrato atendeu aos quatro requisitos. Até agora, o banco já desembolsou ao exportador brasileiro US$ 57 milhões, cerca de 40% do total previsto.


Suspensão


Ao todo, a medida adotada em maio pelo BNDES atingiu 47 projetos em carteira. Desses, 25 empréstimos estavam contratados. Esse conjunto soma US$ 7 bilhões em financiamentos, dos quais US$ 4,7 bilhões ainda não haviam sido liberados. Outras 22 operações foram suspensas, mas não tinham sido contratadas. Estavam em diferentes fases de análise, ou seja, não tiveram qualquer recurso liberado.
Por Agência Estado

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