Economia

Moedas virtuais ganham espaço entre brasileiros

O bitcoin é responsável por 200 mil operações por dia no mundo; no Brasil, negociações saltaram de R$ 35 milhões, em 2015, para R$ 90 milhões no ano passado

Rodolfo Costa
postado em 18/01/2017 06:00
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A tecnologia promete revolucionar os meios de pagamento. Moedas virtuais são cada vez mais utilizadas ao redor do mundo e ganham terreno também no Brasil. Por meio de uma carteira eletrônica de dinheiro digital, consumidores podem comprar produtos ou serviços de empresas ou pessoas que aceitem essas divisas. Em um futuro no qual a inovação estará presente em praticamente tudo na vida das pessoas, não é estranho imaginar o consumo baseado em opções mais arrojadas que o real ou mesmo o dólar.



No mundo, existem pelo menos 100 moedas digitais. Esse é o número de divisas com cotação monitorada pelo Coinmarketcap, site que acompanha as variações das chamadas criptomoedas. A mais conhecida é o bitcoin, criado em 2009. A ideia é atribuída a Satoshi Nakamoto, um personagem que nunca se revelou. Muitos consideram que se trata do pseudônimo de uma pessoa ou de um grupo responsável pela inovação. O anonimato, no entanto, não preocupa as pessoas que negociam a moeda, que vem se valorizando cada vez mais.

Demanda
Devido à valorização, o bitcoin não é mais visto apenas como um instrumento para transações comerciais, mas também como ativo financeiro. Especialistas acreditam que a moeda possa atingir US$ 2 mil até o fim de 2017. As causas podem ser diversas, como a intenção do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar o deficit fiscal do país, o que pode elevar a inflação em dólares. Por ser imune à política monetária dos governos, o bitcoin pode ser um porto seguro para investimentos. Outro motivo é a possibilidade de a moeda virtual ser negociada em bolsas de valores dos EUA. Há também a expectativa de aumento da demanda em países em que as divisas locais passam por crises, como na Venezuela.

A demanda pela moeda virtual tem crescido na Índia, onde o governo retirou do mercado cédulas de valores mais altos da rúpia. Na China, intervenções do Estado têm endurecido o controle de capitais e levado as pessoas a demandarem bitcoins. No mundo, são processadas cerca de 200 mil transações por dia, das quais 80% na China, onde os investidores compram a moeda para se protegerem da desvalorização do yuan ou usá-la para obter divisas mais fortes, como o dólar.

No Brasil, a demanda também é crescente e pode se acelerar, a depender de um aprofundamento da crise política e de uma reviravolta na prevista recuperação econômica, avalia Rodrigo Batista, presidente do Mercado Bitcoin, site que viabiliza a compra e venda da moeda virtual. ;A moeda pode ser vista como uma proteção em tempos de incerteza;, destaca. Em 2015, foram negociados R$ 35 milhões no país. Em 2016, o total saltou para R$ 90 milhões.

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