postado em 24/01/2017 06:02
A fraqueza da economia brasileira e a eleição do republicano Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos contribuirão para travar o crescimento da América Latina, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição reduziu a previsão para a expansão da economia brasileira para apenas 0,2% em 2017, em vez do 0,5% previsto em outubro passado. A revisão de expectativa ;se fundamenta na constatação de que o final de 2016 foi mais negativo do que esperávamos;, explicou o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental no FMI, Alejandro Werner.Leia mais notícias em Economia
Ontem, o organismo multilateral divulgou as primeiras projeções sobre as principais economias da América Latina após a vitória de Trump na corrida à Casa Branca. Segundo o FMI, a incerteza por possíveis mudanças na política comercial e migratória sob o comando do republicano, que tomou posse na última sexta-feira, enfraquecerá a recuperação econômica da região em 2017, que não passará de 1,2%, ante o 1,6% estimado em outubro.
De acordo com o fundo, um eventual estímulo por uma maior demanda do mercado interno norte-americano será contrabalançado por um aumento generalizado das taxas de juros e pela ;incerteza em torno de possíveis mudanças; promovidas pelo novo governo dos EUA. Alejandro Werner disse que a entidade considera a possibilidade de um ;endurecimento da política monetária mais rápido do que o previsto, devido ao fortalecimento da demanda interna e a pressões inflacionárias;.
O maior corte nas expectativas de crescimento, entre os principais países da região, foi verificado no México, que será diretamente afetado pelas políticas protecionistas de Trump. O FMI prevê para 2017 uma alta de apenas 1,7% para a economia mexicana. Em outubro, a expectativa era de 2,3%.