Economia

Juros fecham em baixa, com IPC-Fipe, recuo dos Treasuries e Maia na Câmara

No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 estava em 10,820%, de 10,865% no ajuste de ontem

Agência Estado
postado em 03/02/2017 19:23

Os juros futuros fecharam em queda firme a sessão desta sexta-feira (3/2), em reação a um conjunto de fatores: a inflação medida pelo IPC-Fipe muito abaixo do esperado, a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara e o recuo do rendimento dos Treasuries, por sua vez, influenciado principalmente pelo relatório de emprego de janeiro dos EUA. No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 estava em 10,820%, de 10,865% no ajuste de ontem. A taxa do DI janeiro de 2019 recuou de 10,31% no ajuste anterior para 10,24%. O DI janeiro de 2021 tinha taxa de 10,47%, de 10,60%.

[SAIBAMAIS]Operadores destacaram que a sexta-feira foi amplamente favorável a ativos de mercados emergentes, com o dólar em baixa ante várias divisas e os contratos de Credit Swap Default (CDS) destas economias também em queda. Em boa medida, o relatório de emprego dos EUA amparou esse movimento, ao aliviar as apostas de alta de juros nos EUA.

Embora a criação de 227 mil vagas em janeiro tenha ficado muito acima do esperado (174 mil), o aumento dos salários (0,12%) veio bastante abaixo dos 0,3% previsto. Com isso, as apostas de novo aperto monetário na reunião de março do Federal Reserve esfriaram. Os números do relatório colocaram yields dos Treasuries em baixa, reforçada à tarde após o anúncio do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos de que o governo Trump irá impor sanções a 25 entidades e indivíduos iranianos, em resposta ao teste com míssil balístico realizado pelo governo do Irã. Às 16h24, o juro da T-Note de dez anos estava em 2,462%, de 2,478% no fim da tarde de ontem.

Internamente, o IPC-Fipe foi destaque, ao mostrar inflação de apenas 0,32% em janeiro, taxa bem aquém do piso das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que iam de 0,43% a 0,64%. Na política, a eleição de Maia foi bem recebida pelo mercado, diante da leitura de que ele deve assegurar a agenda reformista do governo no Congresso.

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