Economia

Empresas de chocolate esperam leve melhora nas vendas na Páscoa de 2017

Com produtos com tamanho e preços diferentes, empresas apostam em utensílios úteis para serem vendidos juntos com o chocolate

postado em 08/02/2017 15:34

Com produtos com tamanho e preços diferentes, empresas apostam em utensílios úteis para serem vendidos juntos com o chocolate

São Paulo (SP) - Após ter a pior venda de Páscoa em 2016 nos últimos 13 anos, o mercado aposta em leve melhora para o feriado deste ano. A data comemorativa é o primeiro evento que dá o termômetro do varejo de 2017. Para os vendedores de chocolate, expectativa é que se mantenha o número de vendas ou cresça até 14%.


A Páscoa deste ano cairá no dia 16 de Abril, o que tem animado as empresas do setor. Em 2015, a data comemorativa ocorreu no final de março. "No ano passado a Páscoa caiu perto do início das aulas e dos compromissos financeiro, como IPVA. Então, foi um fator para que tivesse um resultado negativo", disse Keila Broedal, gerente de marketing de Páscoa da Garoto.

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Renata Vichi, vice-presidente Brasil da Kopenhagem, disse que espera crescer 10% em relação ao ano passado e manter a média de alta nos meses seguintes do ano. "Se 2017 fosse pior que em 2016, não estaremos aqui em 2018", brinca. As empresas apostam em produtos que poderão ser utilizados após a compra, como, por exemplo, colheres, potes, brinquedos e até aparelho de bluetooth, vendidos com os chocolates. ;A gente acha que será uma Páscoa difícil, mas apostamos nos produtos úteis com variados tamanhos. A gente espera que o consumidor consiga achar os produtos que procurar por preços bons;, disse Joana Oliveira, executiva da Kinder Ovo.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), a produção apresentou crescimento de 13% de janeiro a setembro de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. "Começamos a recuperar a produção de chocolate e os esforços das indústrias foram essenciais para proporcionar o índice de aumento", afirmou Ubiracy Fonseca, presidente da associação.

;A expectativa é de manter o mesmo número de vendas do ano passado;, declarou Reinaldo Bertagnon, executivo da Village. Algumas empresas decidiram manter os mesmos preços de 2016 para atrair o consumidor. Além disso, os preços variam a R$ 5 a R$ 80 nas lojas para atrair várias classes sociais. ;O importante é inovar e fazer um produto atrativo para o consumidor. A aposta é enfrentar o período de crise na qualidade do produto;, afirmou Enrico Martini, executivo da Ferrero Roche.

Foram produzidas 14,3 mil toneladas de chocolate para a Páscoa do ano passado, o equivalente a 58 milhões de ovos em todo país. O Brasil é o 5; maior consumidor de chocolate do mundo, gerando 12,4 bilhões. Cada brasileiro consome, em média, 2,5kg por ano.Em relação ao mercado de trabalho, a Abicab estima a criação de 25 mil postos de trabalho no período de outubro de 2016 a março de 2017. Destes, 15% serão para a produção e 85% para a cadeia de venda.

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