Azelma Rodrigues - Especial para o Correio
postado em 09/02/2017 15:28
Três meses após o Banco Central retomar o movimento de redução do juro básico (Selic), após passar quatro anos subindo as taxas, ainda é tímida a revirada de bancos e financeiras no mesmo sentido. Mas entidades ligadas ao setor financeiro já coletam pequenas quedas nos custos de algumas operações, como a Associação Nacional dos Executivos de Administração, Finanças e Contabilidade (Anefac).
Exemplo disso é a taxa média cobrada pelas financeiras de redes e lojas de departamento no Distrito Federal. O juro do crediário teve retração de 0,4 ponto percentual, saindo de 5,7% para 5,68% mensais, de dezembro de 2016 para o primeiro mês do ano. Em termos anuais, saiu de 94,93% para 94,05%, ou seja, corte mínimo também.
Na contramão da tendência de seguir os cortes de juros pela autoridade monetária, revendedoras de veículos elevaram as taxas, ligeiramente, na virada do ano, com o juro mensal saltando de 2,32% para 2,35% mês passado. A Anefac justifica que mesmo com a Selic em queda, entidades e instituições financeiras continuam de olho na inadimplência e no desemprego, riscos que ajudam a que encarecer o custo do dinheiro.
A pesquisa mensal da Anefac aponta que as taxas de juros do cartão de crédito caíram em janeiro 0,21 ponto percentual para 15,12% ao mês, ante 15,33% em dezembro de 2016. Em termos anuais a redução é de 11,98 pontos, saindo de 453,74% para 441,76%, na mesma comparação, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Administração, Finanças e Contabilidade (Anefac).
A retração é a segunda consecutiva e é a menor desde abril de 2016, tanto em termos mensais, quando estava em 15,01%, quando anualizada em 435,58%.
O juro médio cobrado pelos bancos no cheque especial também teve redução no mês passado, de acordo com a pesquisa da Anefac. A queda foi simplória: 0,12 ponto percentual, saindo de 12,58% mensais no último mês do ano passado para 12,46% no primeiro mês do ano. Em termos anuais, caiu de 314,51% para 309,24% ou 5,27 pontos. Mesmo elevada, a taxa do cheque especial em janeiro é a menor desde agosto de 2016, quando estava em 296,33% ao ano ou 12,26% mensais.