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Economia

Camex aprova importação de café em grão pela primeira vez na história

Comitê Executivo de Gestão da Câmara reduz de 10% para 2% imposto para um limite de 1 milhão de sacas da variedade conilon

Apesar de ser o maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil passará, pela primeira na história, a importar o grão do tipo robusta (conilon) para tentar reduzir o preço do produto no mercado interno. O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) aprovou nesta quarta-feira (15/02), por unanimidade, a redução de 10% para 2% do imposto de importação para a variedade conilon, utilizada na fabricação de café solúvel.
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[SAIBAMAIS] A medida se aplica para um volume máximo de 1,0 milhão de sacas de 60 kg (ou 250 mil toneladas mensais) de conilon, entre fevereiro e maio de 2017. A mudança inédita tem como objetivo atender à demanda dos produtores de café solúvel, de acordo com o Ministério da Agricultura, que solicitou a redução do tributo à Camex. Devido à queda na oferta, o preço da saca do conilon, de R$ 250 em média, subiu para algo entre R$ 400 e R$ 500 a saca, preço do café arábica (de melhor qualidade).
A pasta informou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) verificou estoques reduzidos da variedade conilon no Espírito Santo, em Rondônia e no Sul da Bahia, entre 1,5 milhão e 1,7 milhão de sacas, ;insuficientes para atender a necessidade da indústria de café solúvel;.
O Gecex também aprovou o aumento de 10% para 35% na taxa para a importação de café verde (todo o café arábica e, no caso do conilon, no montante que exceder a cota determinada). Dessa forma, as autoridades esperam inibir a importação do arábica.
De acordo com o Ministério da Agricultura, que integra o Gecex, o próximo passo é a publicação das medidas de mitigação de risco fitossanitário do café importando do Vietnã, resultado da Análise de Risco de Pragas (ARP) elaborada pelo Ministério. O Vietnã é maior produtor de conilon, seguido do Brasil.
O Gecex é composto pelo ministro das Relações Exteriores e secretários-executivos da Casa Civil, do Ministério da Fazenda, do Ministério da Agricultura, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), do Planejamento e do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) e da Camex.