postado em 16/02/2017 13:33
O deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n; 287, que trata da reforma da Previdência, defende que policiais civis e federais que exerçam atividades de risco tenham tratamento diferenciado na reforma. "Acho que é justo", declarou hoje, após reunião da comissão especial que analisa o tema na Câmara. A ideia já foi conversado no Planalto, que não se posicionou sobre o assunto, mas ainda não foi levada à comissão.
Maia citou dois critérios para definir quem teria tratamento especial. Em primeiro lugar, a diferenciação valeria apenas para os policiais, sejam civis, federais, penitenciários ou quaisquer outros que exerçam atividades de risco. A regra não se estenderia a outros profissionais, como seguranças particulares, por exemplo. "O risco é inerente exclusivamente aos policiais;, reforçou Maia.
[SAIBAMAIS]Ele também propõe restrições dentro da categoria de policiais. Apenas os que estiverem submetidos comprovadamente a atividades arriscadas teriam tratamento especial na reforma. Isso exclui, por exemplo, papiloscopistas e escrivães, que continuariam nas mesmas regras dos demais trabalhadores, como 65 anos de idade mínima e 25 de contribuição.
Atualmente, policiais podem se aposentar com 25 anos de contribuição, caso sejam mulheres, ou 30, se forem homens.
Os critérios para definir o que é condição de risco, no entanto, precisariam ser estabelecidos depois, de forma infraconstitucional, por meio de lei complementar, por exemplo. "Não cabe a nós decidir isso com a PEC;, disse o relator.