Economia

FGTS financiará imóvel de até R$ 1,5 milhão, diz Meirelles

Meirelles não informou quando o novo limite passará a valer. Atualmente, em São Paulo, o teto está em R$ 950 mil

Agência Estado
postado em 16/02/2017 13:43
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou na noite da quarta-feira (15/2), que o governo vai aumentar para R$ 1,5 milhão o teto do valor do imóvel que poderá ser financiado com os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). "A classe média vai ser extremamente beneficiada (pela medida)", disse o ministro em entrevista à emissora de TV GloboNews

Meirelles não informou quando o novo limite passará a valer. Atualmente, em São Paulo, o teto está em R$ 950 mil.

Esta foi a segunda medida anunciada pelo governo nesta semana com o objetivo de estimular a economia. Na terça-feira, o governo divulgou o calendário para saques de contas inativas do FGTS, uma medida que pode injetar cerca de R$ 35 bilhões na economia.

Tem direito aos saques os trabalhadores que foram demitidos por justa causa ou pediram demissão até dia 31 de dezembro de 2015. Os saques podem ser feitos a partir do dia 10 de março, dependendo da data de nascimento, até o dia 31 de julho.

Estrangeiros


O ministro informou ainda que a venda de terras para estrangeiros será liberada "nos próximos 30 dias". O objetivo da medida, segundo ele, é dar impulso ao agronegócio, "uma das áreas que está dando certo" no País. Ele, no entanto, não informou que tipo de mecanismo será utilizado para liberar o acesso de investidores de fora do Brasil ao mercado de propriedades rurais.

Sobre a retomada da economia, Meirelles disse acreditar que a atividade vai chegar ao fim deste ano a um ritmo de crescimento de cerca de 2% ao ano. "Vamos nos lembrar que saímos de uma recessão de -3%. Então (reverter o quadro) para 2 positivo é bastante", afirmou. Já a taxa de desemprego, na visão do ministro, vai começar a se recuperar no segundo semestre e chegar em 2018 a um patamar "cada vez menor".

A confiança na retomada, de acordo com o ministro, está baseada numa série de fatores: controle dos gastos públicos com a PEC do Teto; reformas da Previdência e trabalhista; queda dos juros; recuo da inflação; criação de um novo programa de regularização tributária; nova fase do programa de repatriação de capitais; apetite renovado dos investidores pelos leilões das áreas de petróleo, entre outros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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