Agência Estado
postado em 21/02/2017 13:55
Nos últimos meses, o subíndice que mede a percepção sobre as condições atuais no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), acelerou o ritmo de alta, enquanto o subíndice sobre as expectativas para o futuro tenderam à acomodação. Esse processo, na visão da economista Izis Ferreira, da equipe da CNC, tende a continuar, diminuindo a discrepância entre os dois subíndices.
Atualmente, essa diferença ainda é grande. O Icec avançou 1% em fevereiro em relação a janeiro, alcançando 95,5 pontos, como informou mais cedo a CNC. O subíndice que mede as condições atuais ficou em 61,8 pontos, enquanto o indicador que mede as expectativas registrou 141,7 pontos. Só que o indicador das condições atuais avançou mais rapidamente: 6,1% em fevereiro sobre janeiro. Já o indicador de expectativas subiu 0,8% na mesma comparação.
"Há um ajuste nas expectativas, que, no segundo semestre do ano passado, começaram a se descolar da economia real. Os dados da atividade no segundo semestre mostraram que não havia razão para tanta expectativa positiva", disse Izis.
Na virada do ano, alguns dados da economia real de fato melhoraram, como a inflação, que desacelerou. Além disso, lembrou a economista da CNC, dados como as vendas no varejo, medidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), passaram a vir menos negativas. Isso ajudou a melhorar a percepção sobre as condições atuais tanto da economia quanto dos negócios de cada empresário do comércio.