Economia

Lucro dos bancos e do Petróleo aumenta arrecadação federal em janeiro

Receita com setor financeiro ficou R$ 1,8 bilhão acima do registrado em janeiro de 2016 e evitou que resultado do mês passado, que foi de R$ 139,7 bilhões, fosse o pior desde 2010

Rosana Hessel
postado em 22/02/2017 17:03
A arrecadação do governo federal em janeiro somou R$ 139,7 bilhões, registrando leve alta real (descontada a inflação) de 0,79% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse resultado é decorrente de um aumento atípico da receita com royalties, principalmente do petróleo que voltou a registrar valorização nos últimos meses. Essa receita deu um salto de 60%, passando de R$ 3,2 bilhões, em janeiro de 2016, para R$ 5,4 bilhões, no mês passado.
Outro fator que contribuiu para esse desempenho positivo foi a alta real de 21% nas receitas com Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras, que recolheram o equivalente a R$ 1,8 bilhão a mais do que o realizado em janeiro de 2016, somando R$ 10,6 bilhões no mês passado, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (22/02) pela Receita Federal.
Logo, os bancos praticamente salvaram a arrecadação de janeiro, pois se fosse descontando apenas esse ganho a mais do total recolhido no mês passado, o resultado de janeiro teria sido de R$ 135,6 bilhões, o pior desde 2010. Outro dado que ajudou nesse desempenho foram receitas extraordinárias sobre ganhos de capital e alienação de bens, que somaram R$ 1,680 bilhão, montante R$ 487 milhões acima do registrado em janeiro de 2016.
No acumulado em 13 meses, no entanto, o desempenho continuou em queda de 2,63%, na comparação com o mesmo período anterior. A soma do arrecadado pelo Fisco entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 foi de R$ 1,3 trilhão. ;O que podemos dizer que o resultado foi satisfatório registrando redução dos níveis de queda em relação aos anos anteriores;, disse o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias.
Os tributos com maior peso na arrecadação federal, como PIS-Cofins e Receita Previdenciária, continuaram registrando queda na comparação mensal, somando R$ 24,4 bilhões e R$ 31,7 bilhões, respectivamente, valores 5,7% e 2,4% menores que o registrado em janeiro de 2016. O mesmo ocorreu com Imposto de Importação (II) e Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) vinculado à importação, que encolheram 12,9%, para R$ 3,8 bilhões no mesmo período.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação