Agência Estado
postado em 22/02/2017 19:20
O Comitê de Política Monetária (Copom) disse no comunicado divulgado nesta quarta-feira (22/2), após a redução do juro que o ano de 2018 "tem peso gradualmente crescente" para a condução da política monetária. No texto divulgado, o Banco Central também cita que o ciclo de redução do juro dependerá da evolução do juro estrutural da economia brasileira.
"O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e, com peso gradualmente crescente, de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária", cita o documento para explicar a redução do juro de 13% para 12,25%, sem viés. A decisão foi unânime.
No comunicado, os membros do Copom dizem ainda que a extensão do ciclo de redução dos juros "dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira". O chamado juro neutro - aquela situação em que a política monetária não contém a demanda, nem gera inflação - continuará "a ser reavaliado pelo Comitê ao longo do tempo", cita o comunicado do BC.
Ainda sobre o juro estrutural, o Comitê ressaltou a importância da aprovação e implementação das reformas "notadamente as de natureza fiscal" "para a redução de sua taxa de juros estrutural".
O Copom não descartou eventual aceleração no ritmo dos cortes de juros, mas diz que eventual intensificação desse movimento depende de vários fatores, como a extensão do atual ciclo de afrouxamento monetário.
"O Copom ressalta que uma possível intensificação do ritmo de flexibilização monetária dependerá da estimativa da extensão do ciclo", cita o documento. "Mas, também, da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco e das projeções e expectativas de inflação", completa o documento divulgado pelo BC.