A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 4,560 bilhões em fevereiro. Esse é o maior resultado da série histórica para os meses de fevereiro, iniciada pelo governo em 1989. O recorde anterior era o valor alcançado em igual período de 2016, US$ 3,042 bilhões. O saldo é resultado de exportações que alcançaram US$ 15,472 bilhões e importações de US$ 10,912 bilhões.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Em relação à fevereiro de 2016, as exportações cresceram 22,4%, pela média diária, que considera o valor negociado por dia útil e as importações aumentaram 11,8%.
De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Mdic, Abrão Neto, o movimento de alta nas exportações pode ser explicado pela base de comparação baixa e na recuperação dos preços das commodities de petróleo.
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Ele ressalta foi o terceiro mês consecutivo de aumento nas taxas de importações, que apresentavam quedas desde setembro de 2014. ;Está muito relacionado com o aumento da demanda interna, pelos perfis que cresceram: combustíveis, insumos para a produção agrícola e em alguns setores da indústria, como peças para maquinários. É um indício forte para o reaquecimento da economia;, considera.
Do lado das exportações, os destaques foram as vendas de Petróleo em Bruto (alta de 480,7% comparado com fevereiro de 2016), do minério de ferro (alta de 126,2%), da soja em grão (107,2%) , da carne suína (40%), veículos de carga (38,8%) , ferro fundido (139%) e semimanufaturados de aço e ferro (92,6%).
De acordo com Abrão Neto, é necessário de um tempo maior para que tenha reflexo da valorização cambial na balança comercial, apesar de importante para o comércio exterior. Em janeiro e fevereiro, há superavit acumulado de US% 7,3 bilhões. Nos últimos 12 meses, o saldo comercial acumula superavit de US$ 51, 011 bilhões. A expectativa do Ministério para o ano é de superavit semelhante ao patamar de 2016, quando a balança comercial fechou em US$ 47,7 bi.