Economia

Carnes recolhidas não apresentam risco à saúde, reforça ministério

Laudos de 12 entre 174 produtos recolhidos em supermercados não apresentam ameaça ao consumo humano, garante o chefe da Agricultura, Blairo Maggi

postado em 27/03/2017 17:35
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não identificou nenhum produto que "pudesse fazer mal à saúde". Das 21 plantas frigoríficas sob autoembargo da pasta, os fiscais recolheram 174 amostras produzidas nas unidades em 22 estados.

Os primeiros resultados dessas amostras mostram que não há contaminação e riscos aos consumidores, assegura o ministro do Mapa, Blairo Maggi. ;Temos, agora, 12 laudos e nenhum deles apresenta qualquer perigo ao consumo humano das mercadorias que foram apresentadas;, declarou. A pasta assegura que o governo está ;correndo atrás; para dizer à população que não há, até o momento, qualquer tipo de anormalidade que possa fazer mal à saúde.

Ao todo, seis frigoríficos estão interditados por irregularidades. Maggi disse que todos os problemas são relativos à ;procedimentos processuais quantitativos da receita;. Algumas plantas excederam a quantidade permitida de produtos. ;Já foi confirmado problemas nas trocas de peças, excessos de água em frangos e porcentagens maiores que o permitido. Porém, essas descobertas não trazem risco à saúde pública;, afirmou o secretário de defesa agropecuária, Luis Rangel.

O ministro da Agricultura vai se reencontrar com os 27 superintendentes para alinhar conversas para os procedimentos que serão adotados. Maggi nomeará até quarta-feira (29) dois interventores para as superintendências dos estados do Paraná e Goiás. Questionado sobre a nomeação de pessoas que têm ligações políticas, Maggi disse que todos que assumiram seus postos se articularam politicamente, mesmo os que são ;de carreira;.

;Todas as funções que são preenchidas a partir de uma lista tríplice sempre terão envolvimento político;, disse o ministro. Apesar disso, Maggi declarou que há responsabilidade deles com o Brasil e com o Ministério da Agricultura. Segundo o ministro, os dois interventores serão pessoas ;de fora; das superintendências para que ela possa fazer uma ;varredura; e localizar possíveis irregularidades.

Recall
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça, anunciou o quarto recall de carnes das empresas investigadas. O estabelecimento da Peccin, em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, também terá que recolher os produtos vendidos aos consumidores e reembolsá-los.

Em nota, a Secretaria disse que o estabelecimento ;não detém controle dos processos relacionados a controle de matéria-prima, formulação e rastreabilidade; de seus produtos. Outras plantas das empresas Souza Ramoz, Transmeat e Peccin também terão que fazer recall.

Internacional
Maggi disse que a tarefa do Ministério agora é restabelecer as relações dos países exportadores e ;brigar; para retomar a confiança do mercado. ;Nossa imagem foi muito atacada nos últimos dias e nossos competidores estão aproveitando este momento de fragilidade;, afirmou. O ministro disse que será uma tarefa ;dura;.

* Estagiário sob supervisão de Rodolfo Costa

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