postado em 30/03/2017 12:29
A última audiência pública na comissão especial que discute a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, em andamento desde às 10h30 de hoje (30/3), tem sido a mais agitada desde o início das atividades, em 15 de fevereiro. Os deputados não se incomodaram com a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que apresentou os números que justificam a reforma, e tiveram diversos embates ao longo da manhã. O mais acalorado deles começou quando o relator da proposta, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse que "o PT não fez a reforma que precisava ser feita por populismo". O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) respondeu que o relator não tem moral para reclamar do governo anterior, do PT, por ser ;um empresário caloteiro; que deve à Previdência Social e defende os próprios interesses. Visivelmente irritado, Arthur Maia respondeu com gritos de ;vagabundo; e ;safado;, reação que deu início a uma gritaria no plenário 2 da Câmara, onde acontece a audiência.
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[SAIBAMAIS];Vagabundo é você; e ;safado é você; foram algumas das reações de Chinaglia, enquanto o presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS), tentava acalmar os ânimos. ;No calor da discussão, se cometeram excessos;, considerou Marun. ;Vou conversar com os dois. Acho que isso não deve prejudicar o debate que temos para terminar.;
Em seguida, Arthur Maia pediu a palavra para se justificar. ;Não é justo que venha me chamar de caloteiro, porque não sou. Tenho uma empresa que tem uma dívida que está negociada com o INSS e está adimplente;, disse o relator, que, em seguida, pediu desculpas pelas ofensas.
Após a fala do relator, Marun deu a discussão por encerrada. ;Que reine a paz entre os homens e mulheres de boa vontade;, finalizou o presidente, dando seguimento à reunião.