Economia

BID sugere área de livre comércio na América Latina e Caribe

Aliança do Pacífico reuniria Chile, Peru, Colômbia e México

Agência Estado
postado em 02/04/2017 16:10
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere, em relatório publicado neste domingo (2/4) um comércio regional mais integrado na América Latina e no Caribe por meio da criação de uma Área de Livre Comércio da América Latina e Caribe (LACFTA). O potencial, de acordo com o organismo que vê um "ambiente comercial global cada vez mais difícil" nessas regiões, é de um único mercado de US$ 5 trilhões, o que corresponde a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) global.

As informações constam na segunda parte do relatório "Routes to Growth in a New Trade World (Caminhos para crescer em um novo mundo comercial)", divulgado hoje durante a Reunião Anual dos 48 países membros do BID, que acontece em Assunção. Para o BID, a integração comercial de América Latina e Caribe contribuiria para aumentar as exportações e estimular as empresas a serem mais produtivas e ainda o ingresso nas cadeias de abastecimento globais.

Segundo cálculos do BID, as exportações de bens intermediários entre os países membros poderiam crescer 9% a partir da criação de uma área de livre comércio na América Latina e Caribe. Além disso, conforme o organismo, a criação da Lacfta é necessária para harmonizar o que classifica como "confuso aglomerado de 33 áreas de livre comércio preferencial e 47 conjuntos de regras de origem para produtos específicos".


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Atenta ainda que a criação da Lacfta é possível desde que sejam evitadas "arquiteturas complexas" ou ainda a inclusão de questões não comerciais que, no passado, "frustraram esforços similares". "Os esforços para criar um mercado comum no passado foram louváveis, mas, no final, ambiciosos demais", destacou o vice-presidente do BID para Setores e Conhecimento, Santiago Levy, conforme nota à imprensa.

Segundo ele, o BID propõe uma rota de integração "mais simples e mais flexível", concentrada em ganhos comerciais e na rede de tratados comerciais preferenciais já existentes. "Isso é, na verdade, mais fácil de fazer do que muitos formuladores de políticas poderiam imaginar", acrescentou Levy.

Um modelo que poderia servir de exemplo para um eventual tratado de integração, de acordo com o órgão, é a Aliança do Pacífico, que reúne Chile, Peru, Colômbia e México.

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