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Economia

FGV: gastos com alimentação e energia pressionam IPC-M na 1ª prévia do mês

Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -0,87% para 5,21%

Apesar do recuo do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) na primeira prévia de abril, os preços ao consumidor continuaram acelerando. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou alta de 0,30%, ante 0,17% no mês anterior. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação (-0,19% para 0,41%).

Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -0,87% para 5,21%. Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,27% para 0,68%), Educação, Leitura e Recreação (-0,44% para 0,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,51% para 0,75%) e Despesas Diversas (0,45% para 0,50%).

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A FGV destaca a alta da tarifa residencial de energia elétrica (0,12% para 3,02%), das passagens aéreas (-20,37% para 9,66%), além de artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,21% para 1,56%) e despesas com animais domésticos (0,63% para 1,17%).

Em contrapartida, apresentaram taxas mais brandas os grupos Transportes (0,64% para -0,39%), Vestuário (0,14% para -0,40%) e Comunicação (-0,01% para -0,25%). Nestas classes de despesa, a instituição destaca a gasolina, que saiu de alta de 0,33% para queda de 2,33% no primeiro decêndio de abril. Os itens roupas (0,17% para -0,41%) e tarifa de telefone residencial (-0,23% para -0,87%) também recuaram.


Atacado

O recuo dos preços no atacado ajudou a desacelerar a inflação na primeira prévia de abril do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que teve queda de 0,74%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de -1,21%, no primeiro decêndio de abril, após alta de 0,23% em março. A trajetória decrescente dos preços das matérias-primas brutas impulsionou esse movimento

Depois de subir 0,71% em março, a taxa referente a matérias-primas brutas despencou -3,32%. As principais contribuições na desaceleração vieram dos itens minério de ferro (5,84% para -1,60%), milho (em grão) (-2,62% para -11,04%) e mandioca (aipim) (-2,61% para -13,74%).

Em sentido oposto, vale mencionar cacau (-10,10% para 4,32%), carvão mineral (-3,80% para 0,00%) e trigo (em grão) (-1,85% para 0,31%).

O índice correspondente aos Bens Intermediários também recuou, embora em menor intensidade. A queda foi de 0,79%, ante -0,02%, no mês anterior. A principal contribuição para este recuo partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 0,24% para -0,90%.

O aumento dos preços dos combustíveis puxou o índice referente a Bens Finais para cima, gerando alta de 0,27%. O subgrupo combustíveis para o consumo reverteu uma queda de -2,81% em março e registrou alta de 0,33%.