Rosana Hessel - Enviada Especial
postado em 21/04/2017 11:25
Foz do Iguaçu (PR) ; O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que está convicto que o governo conseguirá aprovar a Reforma da Previdência. ;Eu tenho convicção que vamos aprovar a reforma da Previdência. A base está coesa e já cortamos todas as gorduras. Chega, se cortar mais não resolve;, afirmou ele, e depois foi aplaudido pelos 400 empresários e autoridades presentes no seminário ;As ações necessárias para retomada do crescimento brasileiro;, no 16; Fórum Empresarial, organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Foz do Iguaçu, na manhã desta sexta-feira (21/04).
Maia contou que, como está querendo emagrecer e os parlamentares descobriram isso, quando ele caminha, faz reuniões com um parlamentar por dia. ;Na política o diálogo vale muito;, afirmou. O deputado garantiu que as reformas da Previdência e Trabalhista serão aprovadas ;no primeiro semestre;. Ele reiterou que pretende votar a proposta de reforma da Previdência no plenário da Casa, dia 8 de maio, mas admitiu que, ;se necessário;, poderá adiar a votação se perceber que não haverá o quórum necessário para a aprovação.
O parlamentar ressaltou que a ;espinha dorsal; da proposta de mudança do regime previdenciário, a idade mínima de 65 anos, inclusive, para servidores, "precisa ser mantida" e que o novo texto do relator, o deputado Arthur Maia, não deve sofrer mais alterações pela casa. Ele criticou os sindicatos contrários às reformas e disse que eles representam uma minoria, responsável por uma parte expressiva do saldo negativo da Previdência. ;São dois milhões de pessoas que representam um rombo de R$ 70 bilhões enquanto as aposentadorias de 30 milhões de pessoas do setor privado tiveram deficit de R$ 150 bilhões, dos quais a maior parte são benefícios rurais, onde há muita fraude;, ressaltou Maia. ;São esses os pontos mais importantes;, disse Maia. Ele não descartou que, no futuro, será necessária uma mudança na questão do Benefício de Prestação Continua (BPC), retirando essa conta da Previdência. ;Isso não é previdência, é assistência social e será necessário discutir mais para frente como é que vamos pagar essa conta;, destacou.
Maia demonstrou indignação com as manifestações de policiais civis que depredaram as portas de vidro do Congresso Nacional. ;A polícia que deveria estar preocupada em fazer a segurança quebra a entrada da Casa. A gravidade desse ata é muito maior do que pressionar a agenda que é extensa e é preciso enfrentá-la;, disse. De acordo com Maia, as reformas Trabalhista e a da Previdência serão aprovadas no primeiro semestre e que, na segunda metade do ano, será a vez da reforma tributária. O presidente da Câmara ainda falou que vetou reajustes para servidores da Câmara neste ano como forma para respeitar a emenda constitucional do teto para os gastos e que, ;no próximo ano, haverá uma nova reforma administrativa;.
*a jornalista viajou a convite do Lide