Economia

Investimento Direto no País soma US$ 7,109 bi em março, diz BC

No acumulado de 2017 até março, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 23,943 bilhões

Agência Estado
postado em 25/04/2017 11:55
Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 7,109 bilhões em março, informou nesta terça-feira (25/4), o Banco Central. O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast com 20 instituições financeiras, que iam de US$ 5,800 bilhões e US$ 7,800 bilhões.

O número anunciado, porém, ficou acima da mediana coletada na pesquisa que apontava para US$ 6,950 bilhões, montante superior à expectativa de US$ 6,300 bilhões do BC.

No acumulado de 2017 até março, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 23,943 bilhões. Já a estimativa do BC para este ano é de US$ 75,0 bilhões de IDP.

No acumulado dos últimos 12 meses até março deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 85,939 bilhões, o que representa 4,62% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimento em ações


O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou negativo em US$ 2,271 bilhões em março, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 2,027 bilhões. No acumulado deste ano, o saldo do investimento estrangeiro no Brasil está negativo em US$ 657 milhões. Pelos cálculos do BC, os investidores estrangeiros deixarão saldo positivo de US$ 10,0 bilhões em ações este ano no País.

Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 59 milhões em março e negativo em US$ 1,116 bilhão no acumulado do ano até o mês passado. Para 2017, a estimativa do BC é de saldo negativo de US$ 7,0 bilhões na renda fixa.

Em março do ano passado, essas aplicações em renda fixa foram negativas em US$ 1,965 bilhão e, no acumulado de janeiro a março de 2016, negativas em US$ 7,070 bilhões. O saldo foi negativo em US$ 26,664 bilhões no ano passado.

Taxa de rolagem


Conforme o BC, a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 91% em março. Esse patamar significa que não houve captação de valor em quantidade similar para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou acima do verificado em março do ano passado, quando a taxa havia sido de 29%.

De acordo com os números apresentados nesta terça pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, antes chamados de bônus, notes e commercial papers, ficou em 106% em março. Em igual mês de 2016 havia sido de 155%. Já os empréstimos diretos atingiram 86% no mês passado, ante 20% de março do ano anterior

No acumulado de 2017 até março, a taxa de rolagem total ficou em 85%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 76% e os empréstimos diretos, de 87% no período. O BC estima taxa de rolagem de 80% para 2017.

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