postado em 26/04/2017 17:07
Escolhidos os sete senadores titulares que conduzirão os trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará as contas da Previdência Social foi oficialmente instalada na tarde desta quarta-feira (26/4) no Senado Federal. Paulo Paim (PT-RS), que conseguiu assinaturas de 62 dos 81 senadores para a criação da CPI, foi designado presidente da comissão, tendo como vice Telmário Mota (PTB-RR). A relatoria ficará por conta do senador Hélio José (PMDB-DF).
Com o objetivo de esclarecer quais são as receitas e despesas do sistema, além de apurar desvios de recursos, a CPI se reunirá todas as terças-feiras, às 8h30, no Senado, "sem prejuízo de, em uma quarta ou quinta-feira, fazermos audiências públicas para ouvirmos toda a sociedade;, acrescentou Paim. "Nesta comissão, não seguiremos o mau exemplo da Câmara dos Deputado. Aqui, todas a entidades terão direito de expressar o ponto de vista;, disse o senador, em referencia à comissão especial que discute a reforma na Câmara, criticada por sindicalistas pela falta de diálogo com as entidades representantes da sociedade civil.
;Vamos mostrar que essa reforma, nos moldes que estão aí, não precisa ser aprovada;, disse Paim, ao assumir a presidência. O senador reforçou, ainda, a importância de a comissão não ser guiada por discursos políticos ou ideológicos. ;Esta CPI não será contra este ou aquele governo, contra este ou aquele partido nem entrará no viés ideológico;, prometeu.
Dário Berger (PMDB-SC), um dos suplentes, reforçou a necessidade de ;desmitificar conceitos que suscitam muitas dúvidas; aos parlamentares e à sociedade brasileira, como a existência ou não de um deficit nas contas previdenciárias. ;Muita coisa dentro da Previdência precisa ser revista;, concordou Ataídes Oliveira (PSDB-TO). Embora não duvide da necessidade da reforma, Oliveira acredita que o Congresso precisa ;fazer alguns deveres de casa; antes de aprová-la. ;Sabemos que a fraude dentro da Previdência é estrangulante;, argumentou.