Economia

FGV: maior contribuição para desaceleração do IPC-M veio do grupo Habitação

Vale lembrar que, em abril, há desconto na conta de luz referente à devolução de cobranças indevidas atreladas à Usina de Angra 3

Agência Estado
postado em 27/04/2017 09:33
A principal contribuição para a leve desaceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de abril veio do grupo Habitação, que apresentou alta de 0,02% ante avanço de 0,84% em março. No mesmo intervalo de tempo, o IPC-M passou de 0,38% para 0,33%. Em Habitação, a FGV destacou o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 4,14% para -1,73%. Vale lembrar que, em abril, há desconto na conta de luz referente à devolução de cobranças indevidas atreladas à Usina de Angra 3.

Segundo a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras três das oito classes de despesas que compõem o indicador. Transportes (0,15% para -0,25%), com ajuda de gasolina (-0,81% para -1,75%), Vestuário (0,22% para -0,65%), por contribuição de roupas (-0,05% para -0,73%), e Despesas Diversas (0,76% para 0,37%), com destaque para cigarros (1,20% para 0,31%).

No sentido contrário, quatro classes de despesas apresentaram acréscimo nas variações. O segmento Alimentação (0,40% para 0,90%), em que se destacaram as hortaliças e legumes (2,93% para 14,86%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 1,07%), por influência de medicamentos em geral (0,13% para 1,43%), Comunicação (-0,69% para 0,21%), com contribuição de tarifa de telefone residencial (-2,70% para -1,05%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,29% para 0,16%), com a alta de passagem aérea (-15,54% para 4,31%).

As maiores influências de baixa para o IPC-M na passagem de março para abril foram tarifa de eletricidade residencial (4,14% para -1,73%), gasolina (-0,81% para -1,75%), etanol (-1,54% para -4,11%), maçã (-8,08% para -10,32%) e show musical (1,72% para -1,80%).

A lista de maiores pressões positivas, por sua vez, é composta por tomate (3,34% para 55,45%), plano e seguro de saúde (mesmo com desaceleração de 1,00% para 0,99%), refeições em bares e restaurantes (0,44% para 0,51%), batata-inglesa (6,37% para 18,81%) e gás de bujão (0,13% para 3,16%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em abril, deflação de 0,08%, como já havia sido divulgado no dia 26 de abril. Em março, o resultado do INCC foi de 0,36%.

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