Jornal Correio Braziliense

Economia

Para Marun, nem todos os votos da reforma trabalhista irão para Previdência

Ele afirmou ter saído muito "animado" da votação da reforma trabalhista, que começou na noite dessa quarta-feira (26/4), e só foi concluída na madrugada desta quinta-feira

O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Carlos Marun (PMDB-MS), avaliou nesta quinta-feira (27/4), que nem todos os 296 deputados que votaram a favor da reforma trabalhista automaticamente também votarão favoravelmente à reforma previdenciária. As mudanças na legislação trabalhista foram aprovadas nessa quarta-feira (26/4), no plenário da Casa por 296 votos a 177.

"Não sou ufanista de dizer que os 296 são automaticamente favoráveis à reforma (da Previdência), mas digo que há um grupo robusto de deputados favoráveis à responsabilidade fiscal no País", disse Marun em entrevista à imprensa.

Ele afirmou ter saído muito "animado" da votação da reforma trabalhista, que começou na noite dessa quarta-feira (26/4), e só foi concluída na madrugada desta quinta-feira.

O presidente do colegiado admitiu que o governo precisa fazer mais esclarecimentos sobre a reforma, para conseguir mais votos. "Vejo ainda muitos parlamentares não devidamente esclarecidos sobre o alcance dos ajustes que fizemos", declarou. Na avaliação dele, o relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), fez ajustes que tornaram o texto "mais ameno" e "menos abrupto".

Diferente da reforma trabalhista, que bastava maioria dos presentes na sessão para aprová-la, a reforma da Previdência será votada por meio de uma emenda constitucional. Com isso, a proposta terá de passar por duas votações no plenário da Câmara e, para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos favoráveis, o equivalente a 3/5 dos 513 deputados que compõem a Casa.