Rosana Hessel
postado em 30/05/2017 12:16
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que não existe um plano alternativo para tentar apressar a aprovação da reforma da Previdência, deixando-a mais desidratada, por exemplo, na questão da idade mínima para a aposentadoria.
;Nossa estratégia não contempla um Plano B;, disse o ministro, nesta terça-feira (30/05), em entrevista coletiva após participar da abertura do Brazil Investiment Forum (BIF), evento organizado pelo governo federal em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que recebeu 1.409 inscrições de executivos de 41 países.
Para o ministro, o público recorde do evento confirma o interesse de investidores no Brasil devido à melhora no ambiente econômico em função da recuperação da confiança após a troca de governo e a aprovação de medidas que dão mais previsibilidade para o gasto público, como a emenda do teto. Segundo ele, em 10 anos, em vez de crescer 5 pontos percentuais, a despesa pública discricionária cairá na mesma taxa, passando dos atuais 20% do Produto Interno Bruto (PIB), para 15%.
;Isso é fundamental, porque libera recursos para investimento do setor privado e garante a sustentabilidade para a diminuição da trajetória da dívida pública;, afirmou ele, lembrando que isso dá condições para os consumidores poderem trabalhar e consumir com tranquilidade com tranquilidade para investir e produzir. Para ele, a taxa da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), deve cair ;dentro de dois anos, dependendo do crescimento do país;.
De acordo com o ministro, o maior compromisso do governo hoje é ;com a sustentabilidade do crescimento da economia;. E ele afirmou que tem certeza de que o presidente Michel Temer continuará no governo, apesar da crise política.
Para o chefe da equipe econômica o PIB crescerá no primeiro trimestre e no segundo trimestre também apesar das incertezas geradas com a crise política. Ele evitou comentar uma possível saída de Temer e de uma candidatura dele para uma eleição indireta. ;Não trabalho com hipóteses. Eu trabalho é com a realidade;, afirmou.
Na avaliação de Meirelles, os atores econômicos não veem espaço para a entrada de personagens que retomem a política econômica do passado, ou que tentem resgatar ;a nova matriz econômica; do governo da ex-presidente Dilma Rousseff. ;Não há clima para voltar atrás do ponto de vista econômico;, pontuou.