Economia

Setor têxtil cresce em 2017, mas teme que crise coloque tudo a perder

Presidente da Abit se reúne com a Frente Parlamentar Mista José Alencar para apresentar dados da indústria e pedir a continuidade da agenda das reformas para manter a expansão

Simone Kafruni
postado em 12/06/2017 17:48

A indústria têxtil e de confecção do país conseguiu uma leve retomada em 2017, porém teme que a nova crise política e uma possível paralisação do Congresso coloque tudo a perder. Para mostrar os números da retomada do setor e apresentar as demandas dos empresários, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, se reúne nesta terça-feira (13/06), às 17h, com a Frente Parlamentar Mista José Alencar, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados.


De janeiro a abril, o setor conseguir avançar na geração de empregos, com saldo positivo de 16 mil postos de trabalho. Diante do fechamento de 100 mil vagas em 2015 e 30 mil em 2016, o resultado do início do ano é alentador, explicou Pimentel. Os dados de maio ainda estão por sair, segundo ele.

A indústria têxtil e de confecção também cresceu em produção. Nos cinco primeiros meses do ano, o avanço foi de 5%. "Os empresários voltaram a investir, pouco, mas a retomada começou", explicou. A queda na compra de máquinas e equipamentos foi de 8% no período. "Diante de recuos mais significativos antes, isso aponta para uma melhora, ainda que pequena", destacou o presidente da Abit.

Na reunião com os parlamentares, Pimentel pretende apresentar esses números e alertar que, se a crise política tiver um impacto muito grande na economia, pode haver reversão do quadro positivo. "Impacto sempre há, porque o consumidor fica mais cauteloso. Mas vamos apresentar alguns pontos importantes para o setor não sucumbir diante da nova crise", explicou. O avanço da agenda de reformas e outras medidas microeconômicas serão defendidas pela Abit no encontro.

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