Paulo de Tarso Lyra
postado em 04/07/2017 14:39
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deu início, por volta das 15h da tarde desta terça-feira (4/7), a sessão para definir o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer. Pelo rito definido pelos líderes da casa com o presidente Rodrigo Maia, a defesa vai protocolar amanhã as argumentações para derrubar a acusação, ficando a sustentação oral pelo advogado ntonio Claudio Mariz prevista para quinta-feira (6/7). A intenção é que até o dia 17, data marcada como limite antes do recesso parlamentar, o relatório seja votado no plenário da casa.
O vice-líder do PMDB, deputado Carlos Marun (MS), afirmou que nesse momento não é o caso de se convocar para a CCJ o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ou o empresário Joesley Batista. Para ele, apesar de os dois personagens terem um papel de relevância no caso, o rito do processo na comissão é sumário.
Marun também não quis avaliar o impacto da prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no ânimo dos parlamentares. ;A não ser que alguém aqui esteja com medo de ser preso. Eu não estou. Aliás, o que deveria ser perguntado é se essa prisão foi decretada para influenciar o caso. Eu espero que não;, refletiu.
Para um dos advogados do presidente Temer, Gustavo Guedes, o esforço será para que esse episódio não contamine o debate do assunto na casa. ;Fizemos isso com êxito no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando impedimos que elementos externos influenciassem o juízo. Tentaremos fazer isso aqui também;, disse o advogado.